quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Hipocondria

Remédios vermelhos,amarelos,azuis,cor de arco-íris.
Remédios para gastrite,alergia,amidalíte,cancêr...
Quimio,timio,mio para acalentar a dor e destruir as células más e boas.
Dor,medo,covardia, carência: doença.
Batimentos fracos,tremores,sudoreses.
Médicos,enfermeiros,hospitais,clinicas.
Raio-x.
Ai,deus,será esse o meu fim?



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fatalismo.

Um dia bonito.O sol.A estrada enorme e infinita.A mão passeando pelo vento.Um respiro lento e forte.Um sorriso.O carro caminhando firme em direção ao se que espera de um ótimo final de semana.De repente! Uma distração,o sol nos olhos,o volante se perde.O caminhão ao lado avança,tenta frear e BOOM!
 Fim.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

(in)completo.

-Você foi a maior paixão que eu já tive.Tão forte,tão sincera,tão...
( (In)completa)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Budweiser,malboro,hot pocket e o fundo do poço

O sol passava por pequenas frestas  na janela. Só a tv  e uma parte da poltrona eram iluminadas o resto continuava em sombra.Pelo chão milhares de garrafas de cerveja,o cara era fascinado por budweiser,se não fosse a boa e velha Bud,a intimidade o permitia chama-la de Bud,ele não comprava.Na mesa milhares de bitucas de marlboro ele já tinha experimentado de tudo: camel,luck strike,hollywood,maconha...Mas nada se comparava ao malboro.
Aquele apartamento fedia,uma mistura de suor com cerveja e cigarro.A pia da cozinha vivia pingando,era quase um sinfonia aquele barulho da água caindo no chão,um sinfonia onomatopéica.Um dia desses Bud,era assim que gostava de ser chamado,ia morrer afogado com aquela poça d'água.As paredes eram úmidas pra caralho,o teto e o chão também por isso que Bud só andava de meias,não importava o que acontecesse o cara não se livrava daqueles unicos dois pares de meias.
Ele não gostava de sair de casa,segundo ele o sol ardia nos olhos então pra evitar desconfortos ele não saia muito.Agora se acabasse a bud ,o marlboro,ou então seu suprimento de hot pocket da sadia o brother surtava e em questão de minuto ele já tava na rua.
9 de novembro de 2010. 15:30
Ele vai até a geladeira e presencia o fim das suas Budweisers,depois abre o congelador e vê seu ultimo hot pocket."Merda!Merda!" Gritta Bud.Pra aliviar a tensão ele decidi fumar um cigarro,então coloca a mão em seu bolso,tira o maço,abre e avista apenas dois sobreviventes.O cara começa a suar igual a um condenado...O seu maior medo chegou mais cedo naquele mês.Ele olha para o relógio que aponta 15:50 e pensa ter só 40 minutos,não podia perder casa das gostosas na semana da final.Bom,o que tinha que ser feito tinha que ser feito,conta o dinheiro amassado de seu bolso,respira fundo e sai.
O sol arde nos olhos, Bud mal consegue andar,essas pessoas todas andando a sua volta,quem são? Alienígenas? Matrix's? E o ar cada dia mais poluído,cheio de bactérias novas e desconhecidas.'Tudo culpa do capitalismo e do inchaço urbano',pensa Bud. Ele chega á conveniência,pede 5 grades,10 maços e milhares de hot. Tudo parece resolvido,então ele volta,satisfeito.Chegando em casa ele abre sua Bud,esquenta seu hot pocket,fuma seu cigarro e para finalizar com chave de ouro se masturba vendo as gostosas da casa das gostosas.
Que homem feliz era Bud em meio a toda sua mediocridade e neorose.Esse sim soube aproveitar a vida no fundo do poço,tomando bud,fumando malboro e comendo hot pocket da sadia

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Maybe life is a dream.

Em nós existe um lado que pesa e outro lado que flutua,eu prefiro o que flutua.













Talvez a vida seja um sonho.Ora pesado,ora leve.Um daqueles sonhos em que se caí eternamente em uma abismo.Um daqueles sonhos em que se paira sobre as nuvens.Talvez seja ela aquele sonho eterno do mar e das ondas que te levam violentamente até a margem.Talvez o sonho seja a vida.É uma pena que todo sonho tenha fim.
Esse é o meu sonho,meu sonho que acaba em 1...2...3 e meus olhos,meus olhos não querem abrir!Antes de ir eu quero que o sonho saiba que é uma dor imensa vê-lo partir.Por favor,sonho,volta pra mim.Sonho!Não vai se mim!E 1...2...3
O teto,o quarto,a janela e o vazio.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O passado é morto.


Todos os dias eu digo para ela que o passado é morto,que nada pertecente a ele se encontra entre nós,em nós,mas ela...Bom,ela parece não acreditar.Ela sempre diz:
-O passado está mais vivo em nós do que se pode imaginar...
Atrós! Voraz! É assim o Passado.Impetuoso para o bem,ou para o mal.Como uma arma,uma arma a pontada para a minha cabeça.É assim que o sinta as vezes.
Talvez ela tenha razão,talvez ele ainda viva de diferentes formas.O meu,o dela,o seu passado.Cada um de nós com um passado ainda vivo,nos consumindo.Cada um de nós com um passado diferente.
Esse passado tem rosto,cor,cheiro,braços,pernas,voz.
Esse passado tem...

Fim?



terça-feira, 15 de junho de 2010

15 de junho.

Acho que 15 de junho ia gostar se fosse ao som de:  Eddie-Danada

"Palavras ao léo.
 Morro em mim.
 Nasço Para o Papel."
(João lucas Teixeira)

15 de junho chegou,mas assim como tudo aquilo que nasce,15 de junho se esvai em direção ao fim,mas não é um fim qualquer é um fim infinito.15 de junho é aquela cerejeira bonita que joga as suas pétalas ao chão durante dias...Até todos seus galhos ficarem nus e uma nova fase se inciar.
15 de junho se vai junto com o sol que se poem,daqui dá pra ver ele se misturando com as cores do horizonte,cores de fim de tarde...Mas não há o que temer porque quem a gente ama nunca morre tá sempre vivo no coração.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um lugar que dê pra tocar o céu.

Continuo achando bom ao som de yppah

-Será que um  dia a gente vai poder tocar o céu?
-Acho que sim...Um amigo me disse que é possivel tocar o céu e até ele mesmo já tocou.
-Sério? Onde? e Como?
-Ele disse que no Peru existe uma montanha e quando você chega no topo dela é tão alto que as nuvens passam por você e dá pra tocar nelas...Então,eu imagino que isso seja uma forma de tocar o céu,afinal as nuvens fazerm parte dele,não é?
-Sim...Um dia a gente podia ir até lá,não podia?
-A gente pode,a gente vai.

(Um silêncio se formou)

-Eu te amo..
-Eu também te amo.

Naquele momento meu quarto já não era mais vazio,nem abafado e os sons externos já não me aflingiam.
É,acho que é isso que chamam de Paz...


terça-feira, 11 de maio de 2010

"Amor em tempos de cólera"

Acho bom ao som de yppah

Era um final de tarde muito bonito,do alto daquela serra podiamos ver a extansão do mundo e da natureza.A luz do sol batia no meu rosto,esquentando levemente,mas logo passava porque o brisa era constante .Dava pra escutar o vento...
Meu corpo ainda tremia,meus espamos ainda eram constantes,o suor das minhas mãos,aquelas lagrimas contidas no canto dos meus olhos,aquele vazio que se instalou tão silênciosamente,tudo ainda era presente em mim.Sabe,naquela época eu negligenciava demais a minha vida,o meu corpo,a minha mente,mas eu nunca percebi porque sempre havia uma fuga,mas naquele momento,no meio daquela imensidão,não podia me escorar em nada,minhas valvulas de escape não eram mais válidas.
Ainda com o medo instalado nos meus ossos,na minha carne,olhei para ela,ela parecia tão calma,tão em paz...Paz,gosto muito dessa palavra.Ela olhou de volta e sorriu,disse algumas palavras as quais eu não consegui escutar muito bem...Ainda estava com medo de não sei o que,de morrer eu acho...Então ela tocou no meu rosto e seguindo um movimento calmo e afetivo chegou até o meu cabelo,então sua mão  se instalou na minha nuca,aquele movimento ciclico da mão dela me acalmou,foi como se eu pudesse respirar melhor depois daquilo.
Então,ela olha novamente  e diz:
- Então,preparada?
-Sim- Tomei o folêgo novamente.
-Vou contar até 3,é bem simples.
-Tá...
-Um,dois eee TRÊS VAI!
- aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Aquele  grito deve ter caminhado até a eternidade...

segunda-feira, 29 de março de 2010

A vida em som e luz.

É bom ao som de cinnamon chasers 'Luv delux'
http://www.myspace.com/cinnamonchasers

Meus olhos são uma camêra.
Corta!
O cabelo cai sobre o rosto enquanto ela movimenta as mãos de um jeito tão lindo.Pára! Volta! A cena se repete em slow,motion pra mim,por favor.Abro o plano,dá pra ver o mar mais adiante.Abro para o sol.Fecho os olhos em uma transição frenética.
Corta!
Ela sorri.Párar! Abrir o foco,agora ela é meu objeto central.Close nos olhos dela que abrem e fecham lentamente.Meus(Minhas) olhos,camêras estáticos(as) observam cada movimento dela em slow,motion.Slow-motion pra mim,slow-motion em mim.
Corta!
Tempo e espaço diluindo. A cidade em luz e som.A vida em plano sequencia.As mãos dela nas minhas,os olhos em close,o movimento das mãos em slow.O sorriso em foco.Aumento a velocidade frenéticamente.
Corta! Corta! Corta!
-Pára!,ela grita.
O som da voz dela é mais forte que qualquer trilha sonora.
-Por quê é tudo tão frenético?
-Porque eu te amo,do contrario não seria  assim...
-Isso me assusta...
Corta!
A mão dela no meu rosto.A mão dela no meu cabelo. O sorriso dela.As pálpebras fechadas.Só a escuridão em uma camêra estática.Transição,é esse o nome,enquanto isso o azul e o amarelo se fortalecem na fotografia do nosso filme.
Corta!
Vermelho é a cor agora.
 Minha mão em outra mão. A mão dela batendo no meu rosto,recuo e caio.Plano sequencia pra mim.O teto depois o chão.Uma,duas,três,quatro,cinco,milhares de garrafas espalhandas.Levanto.Vermelho nas minhas mãos.Ela fala,mas não dá pra escutar,essa musica frenética não sai da minha cabeça.Minhas mãos se agitam.
Corta!
Ela indo embora.

To be continue...


Nããooo! Pára! Volta a cena!
Corta!
Embora indo ela.
Agitam-se mãos minhas.Cabeça minha da sai não frenética música essa escutar pra dá não mas,fala ela. Mãos minhas nas vermelho.Levanto.Espalhadas garrafas de milhares,cinco,quatro,três,duas,uma.Chão o depois teto.Mim pra sequencia plano.Caio e recuo,rosto meu no batendo dela mão a.
Corta!
Minhas mãos seguram as dela.Zero garrafas no chão.Me aproximo,minhas mão se agitam entorno das dela,a mão dela no meu rosto,um carinho,um sorriso,um beijo.Ela fala,eu escuto.
-Te amo...
Corta!
A mão dela em outra e as minhas puxando as dela.Meu dedo indicador se movimento em direção a cara dela.Milhares de garrafas no chão,milhares de defeitos no teto.Close nos olhos dela,close nas lagrimas dela.A mão dela tentado tocar na minha,recuo.A mão dela tentando encostar no meu rosto,recuo.Ela fala,eu nao escuto.Meu dedo aponta para a porta e ela vai,enquanto ela vai perco a nitidez da imagem.

Droga! Essas lentes embaçam demais...
























sábado, 20 de março de 2010

Bond is back.

É bom ao som de ' Bond is back' Sola Rosa

Meus passos são lentos demais em relação ao que se movimenta fora de mim.Dá pra escutar as folhas quebrando,uma por uma,galho por galho,não resta mais nada,só os meus passos em meio aquela quase escuridão.Meus olhos são como câmeras que se movimentam freneticamente,corta! Transição! Plano sequencia! Nada de câmera estática.
O que se movimenta fora de mim Tá cada vez mais perto e mais perto.A velocidade aumenta cada vez mais.Sístole,diástole.Tá se aproximando.Expira,inspira.Tá cada vez mais perto.Não ando mais,eu corro.Onomatopéia pra mim.Caralho! Tá mais perto.

O que é isso?!

Minhas pernas estão anestesiadas,esse movimento é quase epinopédico,hipnótico.Onomatopéia,de novo,pra mim.Não dá mais pra fugir,o movimento vem atrás de mim,eu sou uma obsessão para ele agora.Eu corro cada vez mais,corro! correr! corrida! Agora! Mas o que a gente nunca sabe é que talvez bem na frente um armadilha espera.
Onomatopéia pra mim,de novo! Cair! caio! Caindo! Caí! Eu me rendo!

É...Bond is back.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

E toda essa raiva?De onde vem?

Nos poços

"Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê"
(caio.F)
Ele aspirava aquele Pó com uma força descomunal fazendo com que ele entrasse ferindo todas as partes do seu corpo.Pulmão,cerebro e qualquer outro orgão não reagiam.O gosto amargo na boca aumentava ainda mais a raiva sem sentido dele.Ele se levantou,finalmente 'voltou' para si.Queria ir embora.Começou a andar deseperadamente em busca da maldita porta.
-Merda! Onde fica a saida desse lugar?-Tentou se lembrar,mas nada vinha á memória.
Merda!Ele tinha falhado em ficar sóbrio,não que alguma vez ele tenha conseguido ficar,mas quem em nosso tempo conseguio,não é?Naquela época nós viviamos em uma guerra, uma guerra interna e individual.A gente não gostava de pensar em besteiras como definir o que é certo e o que é errado,ambos se confundiam.
Ninguém parecia ser bem-vindo,os que se aproximavam pareciam uma grande ameaça a ele.Ele continuo nessa busca desesperada,tudo ficava mais dificil porque a sua mente e seu corpo se movimentavam em flash.Tudo era em flash as pessoas vinham e iam em flash,a batida em flash,a luz em flash,ele em flash.
A saida parecia estar cada vez mais perto,o que era um alivio.Sair.Saida.Ele continuou correndo,mas acabou se detendo a uma musica louca que tocava,era hora de dançar.Do outro lado uma menina linda dançava em stopmotion.A cada flash ela se aproximava.A musica mais intensa,a batida mais forte e os flash's mais rápidos.you don't know what love is baby/you've been runnin my heart with lies.Ela cada vez mais perto.It ain't love/what you are doin to me.Ela chegou,começou a falar algo em seu ouvido,ele não entendeu nada! Aquilo tudo o fez lembrar do quanto queria ir embora.Ele tinha que ir,mas antes um beijo,só um não custava nada mesmo.
-Qual era o nome dela mesmo?Ela me disse o nome dela?Ah Foda-se-Ele pensou.
A Saida tava proxima.A saida tava bem ali.A Porta.A saida.O ar.Finalmente livre,era hora de ir,mas antes encontrou alguém.'Alguém'.compreendem?
-Onde você tava? Te procurei a festa inteira...Queria saber se tá tudo bem com a gente.
-Tá!Tá tudo bem,eu tô indo embora.
-Sei lá,você anda distante...Mas tudo bem é normal as pessoas deixarem de gostar e esquecerem não é?
-Não,não é!Vou indo.
-Ainda mais você...Que quase sempre esquece...
-Claro! Por que eu só lembro de quem passa de 5 minutos ao meu lado,não é?HAHA.Tchau.
-Não vou te deixar ir!
Esse foi o começo e o fim de muitas coisas.Ele fechou as mãos,serrou os punhos e fechou os olhos.Foda-se onde ia parar seus socos,só sabia que havia acertado quando sentia seus ossos amassando.Então lá estavam eles no chão,rolando.Finalmente nosso amigo conseguio ficar por cima,só o que dava pra ver era a cabeça do outro indo e vindo do chão.De repente surge uma voz dizendo:
-Você vai matar ele!
E ele abre os olhos.