quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Palpitações. Sudorese. Minhas mãos tremem. Eu sei, eu sei porque... Eu sei? Por que? 
( O que eu fiz?) 
Um descuido, um simples gesto prova que a vida é frágil. 
"Enter the void"


Meu coração é frágil? Eu vivo? Eu morro? Eu posso morrer... Morrer é uma possibilidade.



                                             
- Não devia ser assim...     
-Mas como deveria ser então? 


Todos os sonhos e desejos misturados e envoltos de uma leve, porém intensa frustração... Daquilo que não está mais em minhas mãos, pois elas tremem. O ar não mais me pertence. A vida se esvai por entre os dedos.

"Enter the void"







"Enter the void"
É...                                                                                  

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

As vezes

Achei confortável ao som de Ray Barbee - A Word Aptly Spoken


As vezes é bom se calar e só contemplar a tempestade. 
O silêncio não é (totalmente) possível...
Mas a tempestade sim. 

domingo, 6 de novembro de 2011

Na corda.

Na corda. 

Equilibrando os passos tortuosos. 
cronológico? 
Incerto o tempo e a queda. 
Bamba. cai.
(des)equilibra.
Flutua. 
Se perde no chão. 
Nas nuvens.


Cai.
Fim. (?)


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Auto-retrato.


Em meio a um processo narcísico imprimo a mim mesma nessa película, com o desejo de eternizar minha existência efêmera, mas triste e em vão é... Não me imprimo nem me eternizo nesses fotogramas, apenas tardo meu fim, apenas tardo meu desaparecer, meu apagar... Vontade e Potência nessa película, nessa cor, nessa luz que se apagam com o tempo enquanto isso o espaço que agora ocupo se (des)faz e dilui na mais pura abstração. 

É no outro que registro minha existência? Ou é o outro que registra sua existência em mim?



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pulsa.

Bicho, eu fiz ao som disso: Little Dragon - Crystalfilm 
Partindo do principio básico que é a vida... Devo dizer que pulsar é a melhor maneira de se manter vivo, compreende?
 Imagine você...
Uma batida, um som, um passo, um movimento arranhado, dois passos em direções opostas, dois corpos, mãos, pés, uma batida, olhos, braços, orelhas, pescoços, cabelos,figados, estômagos, pulmões.... 
Imagine você...
Uma mão, duas mãos se aproximando lentamente: Pupilas dilatadas. Duas mãos percorrendo seu corpo diante das suas pupilas dilatadas, mãos que se batem, que se agridem, que se amam, mãos que pulsam em direção a diferentes lugares do seu corpo, enquanto suas pupilas observam aquele ardor e aquela sudorose frenética do pulsar do coração.
Imagine você...
Aquele movimento lento e rápido dos dois em direção a mesma batida dessa musica que toca, o sexo oposto ao lado do mesmo sexo.O movimento frenético, rapidez caminhando ao lado da lentidão, o movimento progressivo do sexo ao sexo, o sentir das mãos, dos cabelos, dos pés, dos pescoços, das bocas, da língua, dos estômagos, dos pulmões,da vida que se sussede em um orgasmo.
Imagine você...
O pulsar. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Desculpa.

Sério, eu escrevi ao som disso: SBTRKT- Something goes right
É tão bom escrever ao som de uma bela dor de cabeça.
Embalada em uma bela sinfonia de enjoo e ressaca. Ressaca em modo de reflexão, soa tão fácil refletir depois de uma noite inteira de bebedeira, depois de perceber a si mesmo em volto de uma nuvem turva e uma fumaça que nunca cessão. 
Você se percebe tão errado, tão envolto de carma e tão defeituoso, incapaz de perceber a si mesmo em suas falhas, tão perdido entre o certo e o errado, entre o amor e a indiferença. Tão humano, você se sente tão humano, tão de carna e osso, tão frágil e perdido nessa imensidão de vida.
E tão só... Por que? Por que você se vê só? Tão só dentro de si? Tão sozinho no outro. Tão perdido no outro, então você sente não ser justo, justo com o outro, transformando-o  na sua própria solidão, perdendo-o e fazendo ele se perder. Não é justo, não é bom, não é certo. Esse outro não merece e não deve pagar pela sua loucura. 
Hoje eu percebo que não é justo, chega de tanto egoísmo, e eu sei, sim eu sei que sou egoísta. Me desculpem todos os que sofreram com esse meu egoísmo, mesmo que uma unica vez na vida... 
Me desculpa,outro, por nunca revelar com facilidade o que se passa na minha cabeça, a verdade é que nem mesmo eu sei o que se passa na minha cabeça. Como posso expressar em palavras esse emaranhado de pensamentos, duvidas, sentimentos e deveres? Essa teia de confusões?
Desculpa. Me desculpem. Mas essa sou eu, nem pior, nem melhor. Algo precisa mudar de pouco em pouco, espero ter vida suficiente para poder melhorar sempre e sempre, mas hoje é isso que sou. 
Ai, que dor de cabeça.
 Tylenou. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Existir.

Eu tenho um planho!
      Não.
Não?
          Não.Não há plano.
Claro que há!
              Não, não há. Não se pode fugir.
Não há para onde ir?
             Só o que existe é um emaranhado de palavras desconhecidas, apagadas nesse deserto de memórias, memórias que desbotam com o frio, a chuva, o sol e o calor... Perdidas na linha do tempo e espaço.

E as imagens? Essas não se perdem jamais.
               Tanto essas quanto as palavras se apagam.
O que será de nós? Nós também desaparecemos?
                 Pouco a Pouco sim... Vamos nos diluindo no infinito, nos perdendo no espaço.
E quando nos entranhamos no outro? Algo de nós ira sempre existir, não mais como o mesmo, mas com a figura de outro, figura de outro e essência de nós mesmos. Assim eu creio.
               Assim esperamos crer.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Curvar-se

Hojeacordei sentindo um pouco de dor. Daquelas que te fazem encolher até se transformar em um casulo, me enrolei em torno de mim mesma até encontrar uma posição confortavel, na ansia de amenisar aquela pontada aguda de dentro do meu estômago, dentro do meu peito,dentro do meu ser. Após tanto me encolher finalmente encontrei um pouco de conforto,então naquele conforto fiquei.
- Talvez eu devesse pensar em algo bonito e ameno... -Disse para mim mesma.
Pensei no mar, pensei na areia, nos meus pés fincados nela e aquele som das ondas. Senti um pouco do sol e um pouco do vento batendo, quando tudo parecia estar melhorando ela vinha,a dor. Pronto! Um pontada bem na boca do estômago, um soco dentro de mim. Depois subia e parava no coração,ele parecia acelerar,então o meu ser por inteiro entrava em um estado letárgico, imersa naquela dor... Nem se quisesse conseguiria mudar de posição, me esticar, ou me levantar quem sabe. Queria me levantar, mas então pensava na dor e pensava no por quê de levantar,nenhum motivo me  vinha à cabeça...

quinta-feira, 31 de março de 2011

E se a (cor)rompe-se?

E se a (cor)rompe-se?
A (cor)romperia o céu.
A (cor)romperia o amor.
A (cor)romperia o acaso.
A (cor)romperia o sexo.
A (cor)romperia o universo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

As vezes eu tenho a sensação de que nada existe, de que tudo o que eu vejo, que eu sinto, que todas as pessoas que eu conheço não existem. O céu, as estrelas, as nuvens, o mar, o carro, o prédio, o concreto... Nada disso existe. É como se tudo não passasse de uma grande alucinação coletiva.
É como se meu olhos fossem duas câmeras registrando cada detalhe dessa não-realidade, cada detalhe de cada pessoa não-existente. É como se a minha pele sentisse toda essa não matéria...

Eu não existo, nem eu, nem você, nenhum de nós existe.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Transfigurar.

Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. AMOR. amor. AMor. Amor. Amor. AMOR. Amor. Amor . aMOR. aMOR. amore. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor, AMOR amor Amor Amor. AMOR amor AMOR amor amor amor amor amor amor amor amor amor Amor amor amor maor maor amor maosm am,sor amro amor amor amor amor amor amor amor amor amroa amroa...


Transfigurar o amor e repeti-lo freneticamente em minha mente.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Holga

Holga era a mulher mais linda do bairro,com seus lindos olhos feitos de lentes de plástico,o mundo era sempre saturado e colorido para ela.A luz do sol entrava difusa e loucamente se espalhava em sua mente,era lindo de se ver.As cores emanavam de seus olhos,se espalhavam pela rua e então o mundo inteiro parecia mais bonito, cada detalhe se tornava um universo único.
Ver o mundo através dos olhos dela era como se me transportassem para uma outra galáxia,meu mundo  passou a ser o mundo dela e tudo que se passava pelos olhos de Holga se passava pelos meus,então nos tornamos um só,uno e único.Foi então que me transformei no mundo absurdo e difuso de Holga. Um amor tão grande tomou conta de mim...
Holga foi e sempre será a mais linda do bairro,o meu grande amor.






segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A carne treme,a carne trêmula.


Que frieza é essa? Que se encontra em um fogo tão intenso e brutal.Nessa carne que se dissolve no espaço há um vazio tão grande,de uma busca errada e uma descoberta tão perdida.O que se busca nessa carne,nessas outras entranhas,nesse suor e nesse gemido não será achado,porque a busca é errada,o amor não brota no vazio.
De todas essas mãos que me tocam nenhuma é minha e são tantas,tantas as mãos não minhas que já perdi a conta.Já perdi a conta de quantos vazios encontrei em tantas carnes e em quantas carnes encontrei tantos vazios daquilo que não é o que se quer,que não é o que se necessita.Uma busca perdida,uma perda achada.
Que exista a carne,que ela sempre exista,que ainda exista suor,que exista peso,que exista o corpo contorcido,que exista o gemido,mas que eles não sejam apenas um corpo vazio perdido,que não sejam mais a busca errada no corpo errado,mas que sejam amor recíproco.Que a carne e o espíritos se contorçam,suem e pesem um sobre o outro.